terça-feira, 25 de novembro de 2008

Talvez...

E assim, ele marejou o horizonte, cravando os pés na areia para seu corpo não se sobressaltar, enquanto paisagens e rostos conhecidos passavam diante de si, como numa imponente tela de cinema estampada no firmamento azul. Fazia um pouco de frio, e a leve brisa cantante ia deixando a cena toda menos firme, mais trêmula: como na lágrima que derepente se anuncia, como naquele instante mesmo, todo em suspense. Solidão, vaziez, calmaria: seria ele mesmo a ilha que respirava, assim seria o the end, uma grande e obtusa ilha? Talvez, mas era preciso decidir de uma vez por todas seu futuro, ainda que isso implicasse, como começava a parecer evidente, na eliminação completa daquela mulher.

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